O SENADOR CRISTÓVAM BUARQUE PROFERE PALESTRA NA UPIS SOBRE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL NO BRASIL

A UPIS recebeu o Senador Cristóvam Ricardo Cavalcanti Buarque para importante palestra sobre a Educação Fundamental no Brasil, seus problemas e soluções.
O encontro contou com vários professores e convidados, entre os quais o Subsecretário de Saúde do Distrito Federal, Dr. Alan Cardec, e diversas lideranças do Rotary.
O Senador Cristóvam Buarque iniciou sua fala fazendo três perguntas a serem por ele mesmo respondidas. Por que o Brasil não dá importância à educação? Por que a educação é importante?
O que podemos fazer para resolver a questão?
Exemplificando a importância da educação, lembrou inicialmente o Senador que, nos dias atuais, ninguém pode ser motorista nem rodoviário se não tiver o segundo grau completo. Ao contrário do que acontecia a alguns anos atrás, enfatizou que hoje o indivíduo sem estudo não tem como conseguir emprego e tocar a vida. Disse ser uma questão ligada à qualidade de vida, e não a luxo.
Explicou que o Brasil precisa desenvolver os seus próprios produtos, não tendo que pagar tantos royalties ao exterior; que precisa criar produtos que atendam não só às necessidades internas do povo, mas que sobrem também para serem vendidos em outros países. Em seguida, enfatizou que não se consegue evoluir nessa proposta com apenas uma parte da população em condições de pensar e decidir. E arrematou dizendo que a educação é, nesse caso, a base da economia do País e das pessoas.
Informou que, em algum momento, da visão que temos sobre a economia do País, perdemos parte ou não enxergamos a importância da educação. Disse, a título exemplificativo, que a sociedade percebe a importância da produção de carros, de grãos, mas a produção de cérebros não. E ressaltou assinalando que não temos a educação como prioridade e que, com isso, no seu entender, valoriza-se mais os bens materiais ao ponto de muitos pais brasileiros substituírem a escola dos filhos por uma caderneta de poupança.
Registrou o Senador que o brasileiro se acostumou a não contar com boas escolas, e hoje o País se encontra no octogésimo quinto lugar no mundo em educação. Disse que está inquieto com o fato de que ninguém está preocupado com isso. E, uma vez mais, exemplificou dizendo: “Não se vê nenhum diretor ou professor de escola ser demitido porque a escola vai mal.”
Prosseguiu relatando que a população com menor poder aquisitivo não luta pela educação, pois não consegue ver isso como um símbolo de desenvolvimento.
E, respondendo especificamente à terceira pergunta por ele mesmo registrada no início, defendeu a federalização da educação. Disse que ela deve sair do âmbito dos municípios e passar a ser uma prioridade do Governo Federal, com carreira nacional de magistério e reestruturação das escolas.
Finalmente, alertou o Senador que devemos despertar o Brasil para a educação; que precisamos ter conhecimentos contando também com uma população bem preparada.
6/05/2010
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