PROFESSOR FRANCISCO FERNANDO SCHILABITZ FALA SOBRE ALFABETIZAÇAO DANDO ÊNFASE AO ROTARY
O ex-governador de Rotary e professor da UPIS Francisco Fernando Schilabitz realizou, quinta-feira, dia 9 de julho de 2009, importante palestra na UPIS sobre o seu trabalho em Rotary pela alfabetização de adultos. Contou com uma plateia de professores da faculdade, rotarianos e convidados diversos.
Relatou que vem realizando esse trabalho há aproximadamente dois anos e que sua área de atuação, a zona 20, atingia grande parte do Brasil e tem como objetivo incentivar os Clubes de Rotary de toda essa imensa região a realizar trabalhos e projetos dentro das metas do Rotary de acabar com o analfabetismo. Dando prosseguimento à conversa, ele apresentou um filme em que mostrava paisagens urbanas, ruas sem placas e sem informações, fazendo, dessa forma, alusão à maneira como um analfabeto enxerga o mundo.
Informou que há 15 milhões de brasileiros analfabetos e 776 milhões em idênticas condições em todo o mundo, destes 75 milhões de crianças fora da escola, sendo 64% do sexo feminino. Enfatizou também que existem 45 países com altos índices de analfabetos e que a Índia e Bangladesh têm quase a metade desse contingente. Ressaltou que, no caso do Brasil, 10% da população é analfabeta e que somente o Distrito Federal tem índices aceitos pela ONU (3,7%), apontando, no entanto, o estado de Alagoas como o pior da federação, com 25% de analfabetos.
Abordou também o professor Francisco a questão dos analfabetos funcionais, esclarecendo que são aqueles que conseguem ler algumas frases, mas não conseguem concatenar as ideias em um texto.
Prosseguiu o palestrante informando que a ONU denominou o período de 2003 a 2012 como década da alfabetização. Lembrou que os projetos brasileiros chegarão a 2014 com índice de 6%. Mencionou, porém, que o Brasil é o quinto pior país no tópico em “Ciências” e o quarto pior em “Matemática”.
Disse ainda o professor Francisco Schilabitz que o Rotary vem trabalhando a redução do analfabetismo desde 1986, mas que, a contar de 1927, o assunto já vem sendo tratado. Finalizando, disse que é um sonho pessoal um dia ver a população brasileira em melhor condição, particularmente quando ao saber ler, entender e pensar.
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